BTG PACTUAL AFIRMA QUE VALOR DA PETROBRAS É ZERO, NO MERCADO ATUAL:

No cenário atual das commodities e, apesar de um quase monopólio da área de refino no Brasil, a Petrobras “não tem valor”. Essa é a avaliação do banco BTG Pactual em um relatório publicado na segunda-feira (15) no qual explica que a única saída para a estatal de petróleo brasileira passa por uma injeção nova de capital ou pela conversão das dívidas da empresa com os bancos públicos em ações.


“Relutante em seguir a clássica rota liberal da privatização e/ou de implementar uma grande redução, as opções restantes não são fáceis de serem atingidas. De fato, uma crescente parte da comunidade de investidores acredita que novas injeções de capital e/ou as conversões de dívidas em ações são agora inevitáveis”, dizem os analistas Antonio Junqueira, Eduardo Rosman, Gustavo Lobo, Julia Ozenda e Andres Cardona.


Saída de emergência:

Segundo o BTG, apesar de a informação não ser pública, os três principais bancos públicos têm, aproximadamente, R$ 87 bilhões em dívidas da Petrobras (R$ 26 bi para o Banco do Brasil, R$ 11 bi para a Caixa e R$ 50 bi para o BNDES). Uma alternativa apontada pelo banco para a Petrobras seria de aceitar uma conversão dessa dívida na forma de novas ações, o que reduziria o endividamento.

“O impacto de tal conversão sobre a solvência da Petrobras seria relevante”, destacam os analistas. De acordo com os cálculos do BTG, se os investidores não exercerem os seus direitos, a alavancagem se reduziria em 1 vez. Se todos os investidores participarem do aumento de capital, o impacto seria muito mais relevante (aproximadamente 2,2 vezes), o que levaria a alavancagem para 3,4 vezes (dívida líquida sobre o Ebitda) - atualmente, esse indicador da Petrobras é de 5,7 vezes.

O BTG entende que tal escolha de usar os bancos públicos não iria quebrar as regras do sistema financeiro brasileiro. O caminho mais viável de fazer isso, aponta a análise, seria contabilizar as dívidas conversíveis da Petrobras como Ativos Permanentes. Após a conversão, tanto o BB quanto a Caixa terão os Ativos Permanentes/ Capital Regulatório e ainda ficarão abaixo do limite de 50%. “O BNDES, em nossa visão, romperia esse limite. Mas o BNDES carrega alguns direitos (waivers) que poderiam permitir isso – com o sinal verde do governo, é claro”, dizem.

Fonte: http://www.financista.com.br/noticias/valor-de-petrobras-e-zero-no-cenario-atual-diz-btg-pactual
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