O novo presidente da Petrobrás, Pedro Parente (foto), evitou detalhar seus planos à frente da empresa durante a cerimônia de posse, na manhã desta quarta-feira (1) em Brasília, mas já deu dois recados: vai continuar com o plano de vendas de ativos e lidará com a política de preços de derivados de acordo com os interesses da empresa, sem influência do governo.
 |
| Novo presidente da Petrobrás assume e traça planos. |
Uma das linhas que vinha sendo aventada para salvar a Petrobrás do buraco de dívidas em que ela se meteu, com um endividamento líquido da ordem de US$ 103 bilhões, era a possibilidade de haver aportes do Tesouro Nacional, mas Parente já afastou a hipótese, como o próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já havia tratado a questão.
“Existe um déficit de R$ 170 bilhões no orçamento, vocês conhecem a situação do Tesouro Nacional. Temos que ter realismo e a solução passa pela venda de ativos”, afirmou.
Parente foi empossado nesta quarta, em cerimônia liderada pelo presidente interino Michel Temer, que elogiou abertamente o executivo, dizendo que tem certeza de que ele resgatará o orgulho dos brasileiros pela Petrobrás.
Além de mencionar a venda de ativos, Parente também reforçou a posição de que terá independência em relação ao resto do governo para estipular a política de preços da estatal, algo que não acontecia quando as cotações no exterior estavam muito altas e a Petrobrás tinha prejuízos bilionários com a importação de combustíveis, sendo onerada pela política anti-inflacionária do Ministério da Fazenda, que controlava os preços.
“O profissionalismo e todos os demais assuntos relevantes da empresa serão levados de acordo com interesse dela própria, para recuperar o papel relevantíssimo da Petrobrás no cenário nacional e internacional”, afirmou Parente, ressaltando que não haverá interferência neste quesito, porém sem detalhar se haverá novos aumentos, o que não deve ocorrer, já que a estatal vem apresentando preços maiores do que no exterior ultimamente.
Fonte: Petronotícias
